Meus favoritos do Studio Ghibli

Hello Sweet's como vocês estão?

Então meus queridos, temos uma nova integrante na família! Não, não estou grávida, pra quem não sabe, eu tenho uma Pinscher de 9 anos chamada Luna, ela é muito apegada ao meu padrasto (que só chegou aqui em casa dois anos depois dela, detalhe), e isso sempre deixou minha mãe um pouco revoltada. Então, pra ter uma companheirinha só dela — e ajudar a Luna com as crises de gravidez psicológica — minha mãe decidiu adotar outra Pinscher, Lola. A Lola chegou na segunda-feira, cheia de energia, querendo brincar e fazer amizade… mas a Luna, até agora, está fazendo a fina e se recusa a chegar perto (tudo gerado por ciúmes da Lola com meu padrasto). Confesso que dá uma peninha da Lola, mas estamos respeitando o tempo das duas. Afinal, adaptação é um processo.

Agora, um aviso importante!

Algumas postagens atrás, comentei que estava lendo Frankenstein ou o Prometeu Moderno por causa de um clube do livro que estou participando. Na ocasião, mencionei a ideia de trazer uma pequena resenha aqui para o blog e, para minha surpresa, muitos de vocês demonstraram interesse! Fiquei super feliz com isso (de verdade!). Então, sim: a resenha vai sair. No entanto, como vocês sabem, eu sigo um calendário de postagens, que está disponível aqui no blog, e para manter minha sanidade e a organização que tanto prezo, a resenha só será publicada daqui a duas semanas. Mas já deixo um spoiler no ar: o título será Frankenstein – Eu odeio o Victor, o que já entrega bastante coisa sobre a minha opinião, né?

Como o tema do layout do blog é Studio Ghibli, é claro que eu não poderia deixar de fazer um post inteirinho dedicado ao estúdio, né? E, pra começar, decidi falar sobre os meus filmes favoritos, mas antes de apresentar as obras, quero contar um pouquinho da minha relação com o Ghibli, que é antiga e cheia de carinho.

Desde criança, meu pai me colocava pra ver animes. Tenho lembranças bem vivas de estar sentada na sala com ele assistindo Cavaleiros do Zodíaco e isso foi antes mesmo de eu entrar na pré-escola! Quando comecei a estudar, ele me apresentou Sakura Card Captors e Sailor Moon, e vendo que eu me encantei com esses universos, resolveu me mostrar um filme do Studio Ghibli. Algo bem leve, próprio pra minha idade e foi aí que eu me apaixonei pelos filmes!

Então sim, eu gosto muito das produções do estúdio, tenho meus favoritos do coração, e hoje vim compartilhar eles com vocês.

5 - O Serviço de Entregas da Kiki

Por ordem de sua mãe, Kiki parte para um aprendizado de um ano, acompanhada por seu gato preto. A um comando de sua vassoura mágica, ela vai parar na charmosa cidadezinha de Moreoastal.

Kiki não foi o primeiro filme do Studio Ghibli que assisti, mas foi um dos primeiros que me marcaram. Meu pai, que sempre me apresentou animes como Sakura e Sailor Moon, descreveu Kiki como uma mistura das duas. Na época não concordei, mas hoje entendo: temos uma garota fofa, com poderes mágicos e um companheiro divertido, a ambientação e os personagens me encantam, e o filme traz uma delicadeza que adoro. Mesmo não sendo o que mais reassisti, tenho muito carinho por ele. 

4 - Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar

O garoto Sousuke encontra um peixinho dourado preso em uma garrafa e decide libertá-lo, sem saber que se trata da deusa do mar Ponyo.

Lembro exatamente do dia: era Dia das Crianças, vi por acaso passando no Discovery Kids e fiquei encantada, o filme é lindo, com toda a essência do Studio Ghibli, fantasia crível, mensagem tocante e uma estética encantadora. O que mais me marcou foi como ele retrata o amor: não o romântico, mas o de amizade (philia) e o incondicional (ágape). No fim, Ponyo é uma celebração da infância, com doçura e afeto, como deve ser.

3 - Meu Vizinho Totoro

As irmãs Satsuki e Mei se mudam para o campo para ficar mais perto do hospital onde sua mãe está internada. Lá conhecem os Totoros, adoráveis criaturas místicas e alegres, que só podem ser vistas pelas crianças.

Totoro foi o primeiro filme do Studio Ghibli que assisti. Lembro do meu pai me chamando, me sentando na cadeira do computador, colocando o filme e saindo do quarto — e ali começou tudo. Tudo o que falei sobre Ponyo também se aplica aqui: a fantasia, a beleza, a delicadeza... mas com um toque de melancolia. Por trás da inocência e da alegria, há uma tristeza silenciosa, refletida na situação da família e no terceiro ato angustiante. Revi Totoro muitas vezes e, a cada nova vez, percebo mais nuances e é por isso que ele nunca sai do meu top 3.

2 - O Castelo Animado

Uma bruxa lança uma terrível maldição sobre a jovem Sophie transformando-a em uma velha. Desesperada, ela embarca em uma odisseia em busca do mago Howl, um misterioso feiticeiro que pode ajudá-la a reverter o feitiço.

Não lembro quando vi O Castelo Animado pela primeira vez, mas hoje é tradição: assisto pelo menos uma vez por ano. Tenho o box dos livros e um amor profundo por essa história. É o conjunto de tudo: personagens, romance, magia, maldição, viagem no tempo, o terceiro ato frenético. Tem algo nesse universo que me envolve de um jeito difícil de explicar. Amar esse filme é mais que razão, é puro sentimento.

1 - O Reino dos Gatos

Haru salva um gato que estava prestes a ser atropelado por um caminhão e descobre que ele é, na verdade, um príncipe. Por gratidão o Rei dos Gatos a pede em casamento, e a menina é levada para o Reino dos Gatos. Agora, ela quer sua liberdade.

Vou tirar um tempinho para falar sobre essa obra. Quando criança, eu era meio estranha, do tipo que via Barbie e, ao mesmo tempo, assistia muito anime, alguns próprios para minha idade, outros… nem tanto (cof cof, Dokuro-chan). O ano era 2007, eu estava na primeira série e tinha 6 anos de idade, na época, eu passava muito tempo sozinha a clássica criança sem supervisão na internet, mas troca a "internet" por "coleção de DVD". Eu assistia a qualquer filme cuja capa chamasse minha atenção. E sim, O Reino dos Gatos fazia parte da nossa coleção.

Eu era uma criança que amava gatos, mas, como falei anteriormente, era meio esquisita, sofria bullying e não tinha muitos amigos na escola. Então, ouvir uma mensagem como “Acredite sempre em si mesma. Faça isso e, não importa onde estiver, não terá nada a temer” foi transformador. Eu me lembro de repetir essa frase para mim mesma toda vez que queria chorar em sala de aula. É uma frase tão poderosa que me dava forças reais, esse filme é tudo: cenários lindos, músicas delicadas, personagens marcantes e uma protagonista, Haru, por quem tenho um amor imenso, me via nela quando pequena, e ainda me vejo hoje. É uma história que fala comigo profundamente, e sei que também pode falar com muitos outros. Uma pena não ter o reconhecimento que merece.

O post ficou um pouco longo, especialmente no primeiro lugar da lista, mas, como comentei, tenho uma relação muito profunda com o Studio e queria conseguir transmitir isso pra vocês. Também aproveitei pra indicar algumas obras. E notaram a referência? Sim, a capa do post é de O Reino dos Gatos. Foi um texto muito sentimental, admito que o top 3, especialmente o primeiro lugar, quase me arrancaram lágrimas.

Sei que ficaram faltando alguns clássicos, como A Viagem de Chihiro. Sendo bem honesta, entendo a importância e acho o filme lindo, mas ele nunca me pegou tanto (não sei explicar).

 “Mas Gabi, e O Túmulo dos Vagalumes?” 

Pois é… não vi. Tenho plena consciência de que ainda não estou pronta pra esse filme, ele faz parte da minha lista de “obras que sei que vão me destruir emocionalmente e que ainda não consigo assistir”.

E uma curiosidade: mesmo sendo um post todo fofo, temático e voltado ao nosso amado Studio Ghibli, escrevi tudo isso assistindo vídeos de análises e teorias de Berserk. Lembra da garota estranha? Ela ainda tá aqui. A Barbie salvou uma parte dela, mas o resto… continua firme. No mais, esse foi o post. Espero que tenham gostado! E vocês? Quais filmes da lista já viram?

 Kisses ~